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quinta-feira, 21 de abril de 2011


Arte Conceitual-instalação


Criada nos anos 60 por Joseph Kossuth a partir das idéias de Marcel Duchamp, a arte conceitual parte do princípio de que o simples deslocamento dos objetos de seu contexto habitual pode provocar uma reação reflexiva do observador. A combinação de alguns elementos sugere idéias; em Uma e três cadeiras (1965), por exemplo, Kossuth propõe uma discussão sobre os limites da linguagem contrapondo uma cadeira (o objeto tridimensional), uma foto de cadeira (sua tradução bidimensional) e a palavra cadeira (sua versão simbólica). A arte conceitual gera, nos anos 70, o conceito de "instalação" - um arranjo cênico de objetos, que vem a se tornar a linguagem predominante da arte no fim de século. Variante da arte conceitual é a land art (arte da terra), dos ingleses Richard Long e Robert Smithson, que intervêm em formas da natureza, colocando, por exemplo, círculos de pedra numa clareira de floresta.

Arte Conceitual e conceitualismos nos Anos 70

É bom que se diga que são muitas as definições de
arte conceitual, havendo significativas diferenças entre o que se convencionou chamar arte conceitual na Europa e Estados Unidos. No entanto, observamos elementos significativos que distinguem a produção brasileira do período. Nos difíceis anos 70, talvez tenha sido a arte conceitual que mais tenha facilitado a participação de artistas, especialmente latino-americanos, no sistema internacional de circulação de informações artísticas.

São interessantes também, nesta perspectiva, as evidentes aproximações entre o conteúdo das poéticas de artistas brasileiros e aqueles do Leste Europeu.
Ao deixarmos em suspenso as narrativas dominantes, e partirmos para a investigação de um conjunto de trabalhos, optamos por observar com mais atenção as estratégias utilizadas pelos artistas na elaboração de suas obras. Ressalta-se então a preponderância da idéia sobre o objeto, uma atitude crítica frente às instituições (museus e galerias), assim como a utilização de meios e materiais precários.
Instalação em escola

Ex-votos são objetos ou ações simbólicas que representam situações de vida de seus ofertantes. Por meio de oferta material e/ou ação corporal, o indivíduo agradece à entidade sobrenatural que o acudiu em momento de vicissitude o benefício recebido.
Embora essa prática seja mais freqüente entre as camadas populares, vê-se ainda hoje entre indivíduos de classe média e alta essa prática.
Essas formas de comportamento dão testemunho de uma fé viva. Elas atestam a capacidade de invenção, transformação e preservação de memórias compartilhadas. No oferecimento de uma pintura, escultura, objeto de cera, fotografia, além de cumprir um voto pessoal dão também continuidade a práticas antiqüíssimas.
A prática e o modelo básico do ex-voto pintado chegaram ao Brasil por intermédio do colonizador português. As coleções mais antigas do ex-voto pintado português datam na sua grande parte do séc. XVII, embora haja referência a retábulos executados no séc. XVI, hoje desaparecidos.
No Brasil, o ex-voto pintado teve curso nos séculos XVII e XVIII, no contexto da religião católica, com características composicionais, técnicas e lingüísticas de prototipia portuguesa.
Essas tábuas votivas pintadas fixavam no terço médio da composição a representação do ofertante, em geral enfermo no leito devido à moléstia ou acidente; a legenda aparece no terço inferior e a divindade no terço superior da pintura. É extraordinária a contribuição que os ex- votos pintados oferecem ao estudo do mobiliário, em particular do quarto de dormir. O mesmo se dá com a indumentária, os gestos, os comportamentos de classe. Nos é permitida aí a observação de escravos, crianças e mulheres.

MEMÓRIA VOTIVA

No universo do ex-voto, é preferencialmente o indivíduo, com seu drama pessoal, que se coloca como interlocutor frontal da divindade. Já na memória votiva transcorre um lapso maior de tempo entre a proteção concedida e a realização da promessa/objeto no espaço sagrado. Os textos que acompanham as memórias votivas têm muitas vezes caráter histórico e dizem respeito a coletividades inteiras, como os de Igaraçu, Pernambuco, que se referem à proteção de vilas. Ou então remetem à história de vida de um indivíduo, salvo de sucessivos perigos como numa história em quadrinhos.

Um comentário:

  1. Olá sou professora Marília e percebi que você copiou meu este artigo do meu blog. Que bom você ter apreciado a ponto de disponibilizá-lo em seu blog. Porém você deve colocar o crédito de onde você copiou. Aliás a instalação com formas geométricas coloridas e jornal é minha, criada durante uma Orientação técnica realizada para os professores da Rede Oficial de Ensino do Estado de São Paulo.

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